Na última quarta-feira (19/04), o movimento cooperativista apresentou ao ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, as principais demandas do setor que podem ser viabilizadas pelo órgão. Como responsável por programas e políticas públicas voltadas à agricultura familiar e ao cooperativismo, o MDA recebeu pautas como fomento à produção sustentável, processamento e industrialização de alimentos, valorização das cooperativas como instrumentos de geração de economia de escala e acesso às novas tecnologias, assistência técnica e extensão rural.
Importância Social:
De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o segmento cooperativista tem expressividade no setor agropecuário, reunindo 1 milhão de associados e empregando diretamente 239 mil pessoas por meio de suas 1.170 cooperativas do Ramo Agro. "Atualmente, 71,2% dos produtores de cooperativas são da agricultura familiar e temos mais de 9 mil profissionais dedicados à assistência técnica e extensão rural. Metade da produção agropecuária nacional passa pelo cooperativismo. Produzimos 75% do trigo, 52% da soja, 55% do café, 46% do leite, 53% do milho, 35% do arroz, 43% do feijão e 50% da proteína suína", afirmou.
Recursos e Juros:
Márcio Freitas ainda defendeu a necessidade de mais recursos para o setor, com políticas agrícolas que aumentem o volume de recursos e proponham taxas de juros mais compatíveis com o retorno das atividades no meio rural, bem como o fortalecimento dos mecanismos de proteção, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Ele também ressaltou a importância de construir entendimento sobre temas relacionados aos cadastros da agricultura familiar, como a Declaração de Aptidão ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), nos quais o cooperativismo pode atuar como instrumento para disseminar esses mecanismos e colaborar com os desafios do presente e do futuro em relação ao tema.
O cooperativismo apresentou ao ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, as principais demandas do movimento que podem ser viabilizadas. A pasta é responsável por programas e políticas públicas direcionadas à agricultura familiar e ao cooperativismo.
Entre as principais demandas, foram levantados temas como o fomento à produção sustentável, o processamento e industrialização de alimentos, a valorização das cooperativas como instrumentos de geração de economia de escala e agregação de valor à produção, e o acesso às novas tecnologias, à assistência técnica e à extensão rural.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou números e defendeu mais recursos para o setor, enfatizando a expressividade do segmento. Atualmente, 71,2% dos produtores de cooperativas são da agricultura familiar e metade da produção agropecuária nacional passa pelo cooperativismo. Por isso, a OCB defende o fortalecimento da atual política de crédito e seguro rural.
PAA:
Outro item defendido pelo cooperativismo foi a manutenção do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que tem se consolidado como um dos protagonistas da iniciativa. O cooperativismo quer continuar contribuindo, pois considera que é uma via de mão dupla: enquanto os produtores rurais ganham acesso a importantes mercados, o poder público fortalece o combate à fome e à pobreza.
Selo Biocombustível:
Além disso, o líder do movimento cooperativista solicitou o aprimoramento do Selo Biocombustível Social (SBS), com foco na cadeia produtiva da agricultura familiar do cooperativismo. O selo auxilia tanto a sustentabilidade como a inclusão produtiva e social dos agricultores familiares fornecedores de matéria-prima para a produção de biocombustíveis.
Essencial:
O ministro Paulo Teixeira enfatizou que o cooperativismo é essencial para o bom andamento dos programas da pasta como o PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Ele destacou a necessidade de mais recursos para os dois programas como forma de fortalecer as iniciativas. Em relação ao Selo Biocombustível Social, ele declarou que o governo pretende ampliar a produção do combustível dentro da agricultura familiar e as cooperativas também serão fundamentais nesta empreitada.
Plano Safra:
Teixeira revelou que no próximo Plano Safra – com previsão de lançamento para maio – há previsão de estímulo extra aos que produzem alimentos e bioinsumos com a oferta de juros melhores. Ele convidou o Sistema OCB para participar de seminário que apresentará equipamentos e ferramentas tecnológicas para modernizar a agricultura nacional e quer a contribuição do cooperativismo para difundi-las.
Fonte: Sistema OCB